António Farnésio
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António Farnésio | |
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Duque de Parma e Placência | |
António Farnésio | |
Duque de Parma e Placência | |
Reinado | 26 de fevereiro de 1727 - 20 de janeiro de 1731 |
Consorte | Henriqueta d’Este |
Antecessor(a) | Francisco |
Sucessor(a) | Carlos I |
Nascimento | 29 de maio de 1679 |
Parma, Ducado de Parma e Piacenza | |
Morte | 20 de janeiro de 1731 (51 anos) |
Parma, Ducado de Parma e Piacenza | |
Casa | Casa Ducal de Parma |
Dinastia | Farnésio |
Pai | Rainúncio II Farnésio |
Mãe | Maria d’Este (também conhecida por Maria de Módena) |
Filho(s) | - |
António Farnésio (em italiano: Antonio Farnese; 29 de maio de 1679 - 20 de janeiro de 1731) foi o oitavo e último Farnésio Duque de Parma e Placência. Em 1727 casou com Henriqueta (Enriqueta) d'Este, filha de Reinaldo, Duque de Módena, com a intenção de produzir um herdeiro; o casamento, contudo, não produziu frutos levando à sucessão de Carlos de Bourbon -cuja mãe, Isabel Farnésio, era sobrinha de António– ao trono ducal.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido em Parma, António era o terceiro filho de Rainúncio II Farnésio, duque de Parma e Placência, e de sua mulher Maria d'Este. Com 18 anos, este príncipe iniciou uma grande viagem pela Europa com a intenção de estabelecer contactos nas diversas cortes do continente; contudo, ele apensas despendeu 1.580.000 liras em galas e recepções.
Como príncipe, passou grande parte do seu tempo na corte do seu primo Francisco III de Módena, uma vez que a sua cunhada, Doroteia Sofia de Neuburgo, não gostava de bailes máscaras e de divertimentos idênticos, que António apreciava. O castelo de Sala, que ele zelosamente aumentou e renovou, serviu-lhe como a sua residência Parmesana. Aí, António patrocinou festas faustosas frequentadas pelas suas favoritas e amantes, caso da condessa Margherita Bori Giusti.
Duque de Parma e Piacenza
[editar | editar código-fonte]Em Fevereiro de 1727, com a morte de seu irmão mais velho, o duque Francisco Farnésio, António ascendeu ao trono ducal, embora não tivesse qualquer desejo em governar. A sua vida de hedonismo manteve-se imperturbável: ele ficava acordado toda a noite, jantava de madrugada, entretendo-se com jogos e diversões, e frequentava diariamente os salões da condessa Bori. Dada a inexistência de um herdeiro, o secretário de estado, o conde Anvidi, com o apoio da condessa Bori, forçaram António a casar com Henriqueta d'Este, irmã do seu amigo, o príncipe herdeiro de Módena. Em 21 de Julho de 1727 o contracto de casamento foi assinado. A sua noiva era adorada pelo povo de Parma, e António sempre a tratou com amabilidade. Apesar de todas as tentativas de António, o casamento não gerou herdeiros.
Espanha, França, Reino Unido, Áustria e Províncias Unidas, prevendo a extinção da linha de sucessão masculina da dinastia Farnésio, estabeleceram a Quádrupla Aliança, num tratado celebrado em Londres em 1718, onde se previa que o herdeiro do ducado seria o filho mais velho de Isabel Farnésio e de Filipe V de Espanha, Carlos de Bourbon. Isabel, desconfiada que este tratado não seria respeitado, obteve da França, em 1729, autorização para estacionar em Parma 6.000 soldados espanhóis, uma vez que os franceses temiam as pretensões do imperador romano-germânico, Carlos VI, que pretendia a suserania sobre o ducado. Insensato, Carlos VI respondeu estacionando 40 000 soldados no Ducado de Milão, ao norte de Parma. No meio desta batalha diplomática, António morreu, com um furúnculo que, de acordo com um contemporâneo, por usar "uma peruca demasiado quente pare ele". Assim extinguiu-se a Casa de Farnésio, que durante 184 anos governara o Ducado de Parma e Placença.
Seis dias após a sua morte, em 20 de Janeiro de 1731, tropas Austríacas marcharam sobre o Ducado, com a intenção de ali permanecer até que a Espanha subscreve-se os termos do Tratado de Londres. Contudo, rapidamente foi descoberto que António deixara em testamento o país à "barriga grávida de minha mulher ". Seguiu-se uma agitação diplomática: o Papa Clemente XII, o rei Luís XV e Isabel Farnésio desprezaram a gravidez da duquesa viúva, situação que se veio a provar: a Áustria convencera Henriqueta d’Este de que estava grávida apenas para manter os Bourbons fora de Itália o tempo suficiente, permitindo-lhes, assim, ocupar Parma. Com a clarificação da situação, Espanha e Áustria puseram de lado as suas divergências para não prejudicar o precário equilíbrio político europeu; no sentido de assegurar uma aproximação, Carlos de Bourbon subiu ao trono do ducado de Parma como vassalo do Imperador. Mais tarde Carlos, veio a resignar ao trono de Parma em 1735, levando para Nápoles, capital do seu novo reino, todos os tesouros dos Farnésio, incluindo algumas peças de Correggio, a biblioteca e arquivos ducais e a escadaria de mármore do Palácio Ducal.
Ascendência
[editar | editar código-fonte]Ver também
[editar | editar código-fonte]Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Acton, Harold: The Bourbons of Naples, Methuen & Co, London, 1956
- Solari, Giovanna: The House of Farnese: A Portrait of a Great Family of the Renaissance, Doubleday & Company, New York, 1968
Precedido por Francisco I |
Duque de Parma e Placência 1727 - 1731 |
Sucedido por Carlos I |
Referências
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Antonio Farnese, Duke of Parma».